por Emanuel Naba

O professor Marco Aurélio Barbosa de Souza, autor do levantamento, explica que além do problema da concentração das exportações em um único país, neste caso a China, e da reduzida diversificação da pauta exportadora, outro aspecto a analisar é a reduzida quantidade de empresas inserida no mercado internacional.

As cidades citadas contaram com apenas 39 empresas exportando esse ano. Dessa forma, há grande potencial de aumento desse número, principalmente, com a inserção de micro e pequenas empresas, que podem contribuir com a diversificação das exportações, aumento do número de países compradores, e com a agregação de valor através das exportações de bens industrializados de baixo, médio e alto conteúdo tecnológico. Esse é sem dúvida um caminho importante e interessante para fomentar o desenvolvimento regional reduzindo os impactos locais dos ciclos econômicos de crescimento e recessão da economia brasileira. Entre janeiro e agosto de 2020, as exportações brasileiras totalizam US$ 138,633 bilhões e as importações, US$ 102,039 bilhões, com saldo positivo de US$ 36,594 bilhões e corrente de comércio de US$ 240,673 bilhões.

As exportações para a China aumentaram 28,9% no período em comparação ao ano passado. Nesse contexto, a China aumentou sua participação nas compras externas brasileiras passando de 28,9% para 35,4%. Atualmente o continente Asiático recebe 49% das exportações totais do Brasil.

Em relação ao crescimento das vendas externas, os destaques entre os principais produtos exportados foram para açúcar com crescimento de 131,6%; carnes (93%) e soja (31,7%).

CALÇADOS

A exportação de calçados brasileiros teve queda de 32,7% na receita entre janeiro a agosto deste ano em comparação ao mesmo período de 2019, informou a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). O volume de exportações caiu 25,2%. Desde o começo do ano até agosto, foram embarcados 56,4 milhões de pares, que geraram US$ 437,15 milhões.

No recorte de agosto, 7,27 milhões de pares foram exportados, gerando receita de US$ 57,9 milhões. Isso representa queda de 26,7% em volume e de 30% em receita na relação com o mesmo mês do ano passado. A redução nas vendas é resultado das instabilidades no mercado internacional, especialmente nos Estados Unidos.

Nos primeiros oito meses de 2020, o Brasil importou 16 milhões de pares de calçados por US$ 213 milhões, o que representou queda de 18,3% em volume e de 13,7% em receita em relação à mesma faixa de tempo do ano passado. As principais origens dos calçados importados seguem sendo os países asiáticos Vietnã, Indonésia e China, que respondem por mais de 86% das importações totais.

Nos primeiros oito meses de 2020, o principal destino das exportações de calçados brasileiros foi os Estados Unidos. O país importou 5,88 milhões de pares no período, equivalente a receita de US$ 95,26 milhões. Esses valores marcam queda de volume em 26,8% e de receita em 30,8% em relação ao ano passado. O segundo maior importador do produto foi a Argentina, que recebeu 4,2 milhões de pares (-27,7%), gerando US$ 43,33 milhões (-33,8%).

A França ficou com o terceiro lugar no ranking de maiores exportadores. No período, foram 4,28 milhões de pares (-13,2%), que geraram US$ 38,28 milhões (-3,5%).

09/09/2020

fonte: https://www.folhadaregiao.com.br/2020/09/09/professor-destaca-ampliacao-e-diversificacao-da-base-exportadora/